- Quem és tu?
Não se pode dizer que fosse um princípio de
conversa encorajador. Alice respondeu timidamente:
-Neste momento, nem sei bem, minha senhora... Esta manhã, quando me levantei, sabia quem era, mas já mudei tantas vezes desde então.
-Neste momento, nem sei bem, minha senhora... Esta manhã, quando me levantei, sabia quem era, mas já mudei tantas vezes desde então.
-O que queres dizer
com isso? - perguntou a Lagarta com rispidez. - Explica-te!
Receio não poder
explicar-me melhor, minha senhora, porque eu não sou eu, percebe? – disse Alice.
- Não estou a
perceber – respondeu a Lagarta.
- Lamento não
conseguir explicar-me melhor – disse Alice com muita delicadeza – mas, para
começar, nem eu própria compreendo. E ser de vários tamanhos no mesmo dia é
muito confuso.
- Não acho –
respondeu a Lagarta.
- Bem, Talvez não
tenha dado por isso – disse Alice – mas quando se transformar numa crisálida, o
que irá acontecer num dia destes, e depois numa borboleta, creio que se sentirá
um pouco esquisita, não acha?
- Não, não acho –
respondeu a Lagarta.
- Bem, talvez os
seus sentimentos sejam diferentes. O que eu sei dizer-lhe é que eu me
sinto esquisita – disse Alice.
- Tu? – exclamou a
Lagarta com desprezo – mas quem és tu?
Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas
Excelente.
ResponderEliminarExtraordinário trabalho.
Fantástico tema para iniciar as aulas. Materiais excelentes.A organização do blog também muito boa.
ResponderEliminarEste =trabalho= merece publicação.